quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Vejam Só! - A exclusão dos livros chamados apócrifos foi uma atitude correta? (Tema: A exclusão dos livros chamados apócrifos foi uma atitude correta? Convidados da noite: Pr. FILIPE DE OLIVEIRA GUIMARÃES )...



Observando o que estava escrito lá no You Tube por um amigo M. F.: Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém. João: 21:25

No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido de “esotérico” ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como “pseudepígrafos”.

A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 para combater a Reforma protestante. Nessa época, os protestantes se opunham violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.
Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e o Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Mas, após 1629, as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e “induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições”. Melhor assim. Tinham em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo.
Há várias razões porque rejeitamos os apócrifos. Eis algumas delas: Não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivesse autoridade divina.
Essa tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos livros apócrifos foram acrescentados ao texto grego como apêndice do Velho Testamento. Mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados.
A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro ramos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, preocupou-se em enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Muitos livros foram traduzidos para o grego. Segundo um relato de Josefo, o sumo sacerdote de Jerusalém, Eleazar, enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo.
TERTULIANO: Tertuliano (160-250 d.C.) era aproximadamente contemporâneo de Orígenes. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro.
Depois de referir-se aos cinco livros de Moisés, aos treze livros dos profetas e aos demais escritos (os quais “incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens podem pautar suas vidas”), ele continua afirmando: “Desde Artaxerxes (sucessor de Xerxes) até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tanto crédito quanto aquilo que precedeu a esta época, visto que a sucessão dos profetas cessou. Mas a fé que depositamos em nossos próprios escritos é percebida através de nossa conduta; pois, apesar de ter-se passado tanto tempo, ninguém jamais ousou acrescentar coisa alguma a eles, nem tirar deles coisa alguma, nem alterar neles qualquer coisa que seja”. Testemunho dos pais da Igreja ORÍGENES: No terceiro século a.D., Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento, preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25. Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e do Texto Massorético), inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão “fora desses [livros canônicos]”. HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois.
“Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio, Josué, filho de Num, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, os dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria, Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Jó, os profetas Isaías, Jeremias, os doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras”.
ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Ester. JERÔNIMO: Jerônimo (340-420. a.D.) fez a seguinte citação: “Este prólogo, como vanguarda, com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em hebraico; o Segundo foi escrito em grego, conforme testifica sua própria linguagem”. MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C. É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Ester. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os apócrifos!
NA MINHA OPINIÃO FOI CERTO EM TIRAR OS LIVROS APÓCRIFOS.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=AaV_aNFeftk

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